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Alqueva e as suas inúmeras ilhas e penínsulas

Visitar Alqueva – a barragem ícone do Alentejo

Barragem de Alqueva, o maior lago artificial da Europa, uma imensidão de água a perder de vista, rodeada de uma paisagem natural invejável. Pequenas «ilhotas», pequenos pedaços de terra que nos fazem sonhar com algo maior, mas nosso. E a Barragem de Alqueva é, de facto, nossa, tal como é nossa a sua cor, a sua tranquilidade e, sobretudo, a sua beleza e a vida que nela se concentra.

“Alqueva” é uma palavra derivada de “alqueive”, “terra de pousio” ou “deserta”, de solos secos, sedentos de água, que agora parece não faltar. A barragem fica situada no rio Guadiana, um dos mais longos da Península Ibérica, no Alentejo profundo, próxima da aldeia cujo nome é… Alqueva. É possível navegar no Guadiana até Mértola, uma vila alentejana interessante também, como todo o Alentejo! Esta «viagem» faz-se numa distância de cerca de 68 Km.

Os objetivos da construção da Barragem de Alqueva tiveram que ver com a produção de energia elétrica, mas sobretudo com algo que fosse origem de água, para a criação de um sistema de regadio para toda a zona alentejana. Seria esta uma forma de desenvolver a agricultura e, assim, também fazer frente ao problema do abandono da terra.

Mas outras atividades, também bastante apelativas, foram pensadas e dão mais vida à vida que já existe. Todo este movimento de ideias foi precioso, também, para a criação de um elevado número de postos de trabalho numa zona com o problema da falta de ocupação das suas gentes.

O que fazer no Alqueva

A nível de entretenimento, a albufeira de Alqueva proporciona o desenvolvimento de várias atividades de interesse turístico. Tem curiosidade em saber o que fazer no Alqueva? Venha daí! Afinal, há atividades para todos os gostos e personalidades.

Alqueva – Sentir uma descarga de adrenalina

Tudo o que há para fazer no Alqueva tem a ver com o espaço circundante. Para aqueles que gostam de viver com emoções fortes e vieram ao Alentejo para desmistificar a ideia de que aqui só há sossego, eis algumas sugestões.

  • Caça e pesca
  • Passeios pedestres
  • Passeios a cavalo
  • Passeios de avião e helicóptero
  • Voos em balão de ar quente
  • Passeios de barco no Alqueva
  • BTT
  • Barcos Casa
  • Desportos náuticos

Todas estas atividades na Barragem de Alqueva têm algo em comum, o contacto com a Natureza, com a fauna e flora de um lugar único e imenso.

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Atividades na Barragem de Alqueva – Que tal um passeio calmo pela margem? Só para começar…

A Barragem de Alqueva é também já conhecida como o «Mar do Interior», devido à sua dimensão e às infinitas possibilidades de recreação aquática que possibilita, desde a pesca de margem, à pesca embarcada, desportiva ou até de competição.

É importante saber que, na albufeira de Alqueva, existem oito cais flutuantes. Dois deles junto à barragem, e seis próximos de aldeias ribeirinhas, que servem, também, para apoio à navegação. Ficaremos a conhecer alguns mais abaixo…

Alqueva – Relaxar e desfrutar da paisagem

Será difícil encontrar, no mundo, melhor lugar para descansar do que nas terras da margem da Barragem de Alqueva… ou no próprio lago. Nas várias praias fluviais, para além de aproveitar as águas para se divertir, também pode relaxar numa cadeira, toalha ou com os pés a refrescar.

E o que diz de uma caminhada ao fim do dia entre planícies e pequenos montes cobertos de flores que recebem a primavera? Lembra-se dos tais barcos casa? Pode usá-los para fazer uma grande pescaria. Mas estes são igualmente o lugar ideal para sentir pulsar o coração do Alqueva. Lenta e descontraidamente, enquanto navega para descobrir paisagens a que pode chamar só suas.

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Visitar o Alqueva significa encontrar estas paisagens

O que visitar no Alqueva

A barragem abrange 5 concelhos alentejanos – Portel, Moura, Reguengos de Monsaraz, Mourão e Alandroal – e ainda os municípios espanhois raianos de Olivença, Cheles, Alconchel e Villanueva del Fresno. Dentro daqueles cinco concelhos há vilas e aldeias que, de modo diferente, tocam e são tocados pela beleza da Barragem de Alqueva. Venha conhecer alguns destes lugares, os mais encantadores.

Concelho de Mourão

Mourão
Outro dos concelhos alentejanos tocados pela Barragem de Alqueva. A vila fica situada na margem esquerda do rio Guadiana, numa região de grande beleza natural, complementada pela beleza dos seus lugares mais característicos: o Castelo de Mourão, a Igreja Matriz de Nossa Senhora das Candeias, a Igreja da Santa Casa da Misericórdia, a Igreja de São Francisco, o Jardim da Praça Pública da vila e o Parque de Merendas, um lugar aprazível para recuperar forças, respirando ar puro.

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O Alqueva desde o Castelo de Mourão

Aldeia da Luz
Com a construção da barragem (2002), grande parte do território da Aldeia da Luz foi submerso pela força das águas da albufeira. Aquela esvaiu-se no tempo e no espaço, visível pelo menos, tal como era conhecida. Tornou-se emblemática, rodeada de atenções desde cedo, por ter sido a que mais consequências sofreu com a edificação da barragem. Agora, a cerca de três km da velha aldeia, uma nova Aldeia da Luz brilha no meio da paisagem alentejana, com as gentes de antigamente realojadas em «coisas» modernas.

Na nova aldeia foi também construído um museu: o Museu da Luz. Nele estão preservados todos os vestígios do passado, da antiga Aldeia da Luz e da região, para não se perderem as memórias. Para além deste, é interessante também ver o Castelo da Lousa (ou Castelo Romano da Lousa), classificado como Monumento Nacional de Portugal e situado na Herdade do Montinho, freguesia de Nossa Senhora da Luz.

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Os campos e os céus do Alentejo… Perto do grande lago de Alqueva, pois claro!

Deixando o passado de lado, que é presente também, há na Aldeia da Luz uma outra vida trazida pelas festas da aldeia e pelos seus acontecimentos. Estas festas, em honra de Nossa Senhora da Luz, têm lugar em setembro e com elas vêm outros momentos de prazer e de lazer, como a garraiada noturna, a procissão do Santuário de Nossa Senhora da Luz para a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, a tourada e outros espetáculos populares.

Concelho de Reguengos de Monsaraz

Reguengos de Monsaraz
Esta cidade alentejana está próxima dos concelhos de Mourão, Évora, Alandroal, Redondo e Portel. Para além da beleza que é familiar para muitos, Reguengos é também reconhecida pela categoria daquilo que é uma das melhores representações de artesanato alentejano. Exemplo disso é a olaria de São Pedro do Corval (primeiro centro oleiro do país) e as famosas mantas de Reguengos.

Não é só a olaria e as mantas que tornam Reguengos uma vila muito interessante do ponto de vista turístico, é igualmente o espólio megalítico, a sua interpretação dos famosos vinhos alentejanos e também a proximidade com a albufeira da Barragem de Alqueva. Reguengos não ficará gravado na memória apenas por estes pormenores, mas também pela visita à Igreja Matriz de Santo António, à Herdade do Esporão, ao Parque da Cidade e ao centro da mesma.

Monsaraz
A história de Reguengos não se pode separar da vila medieval de Monsaraz, uma das mais belas vilas alentejanas, onde se encontram vários vestígios megalíticos de grande interesse histórico e cultural. Embora pequena, esta é uma vila rica, um verdadeiro “museu aberto”.

Situada no cimo de uma colina com uma vista soberba (talvez uma das melhores) para a imensa planície alentejana e para a albufeira da Barragem de Alqueva, esta vila fortaleza encontra-se protegida pelas suas muralhas, que por sua vez protegem a pequena povoação. Parece «parada» no tempo, com as suas paredes caiadas de branco, as ruas estreitas, de xisto, e os seus recantos carregados de uma beleza imensa.

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Castelo de Monsaraz visto desde o Alqueva

Sobre o monte Monsaraz reina o Castelo de Monsaraz de onde a Barragem de Alqueva fica ao alcance da máquina fotográfica e nos chama a descer o monte. Dentro das muralhas, erguem-se vários monumentos de grande interesse turístico, entre eles a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Lagoa, a Igreja da Misericórdia de Monsaraz e a Igreja de Santiago.

A riqueza de Monsaraz estende-se também por entre o seu património megalítico único. Visitar o Cromeleque do Xerez, o Menir do Outeiro, o Menir da Bulhoa e o conjunto megalítico do Olival da Pega é essencial. Especialmente para os apaixonados que já fizeram o Circuito Megalítico em Évora.

Não falta deslumbre na vila, nem faltam atividades para aqueles que procuram, para além do descanso, enriquecer-se com um pouco mais de cultura e de conhecimento daquilo que os rodeia. Entre estas atividades encontra-se a festa brava, a tourada “à antiga” que por aqui se pratica.

Para os mais ativos e mais destemidos há as atividades náuticas, no Centro Náutico de Monsaraz, como ski aquático, canoagem, passeios de barco e, para os mais novos, insufláveis aquáticos.

Há também exposições culturais para ver ao longo de todo o ano, de variadíssimas formas de arte. Podem, algumas, ser vistas na Igreja de Santiago, onde acontece um ciclo de exposições permanentes. Acrescenta-se ainda, no mês de julho, um importante acontecimento cultural bienal de nome «Monsaraz Museu Aberto». Uma boa razão para vir ao Alentejo por essa altura.

Campinho
Campinho é mais uma das bonitas aldeias ribeirinhas da albufeira de Alqueva. Aqui perto podemos encontrar um aeródromo e um ancoradouro onde se realizam várias atividades aeronáuticas e náuticas. Para além destas atividades, e para os amantes da Natureza, o Campinho é um belo local para fazer caminhadas. Aproveite também para fazer um piquenique no Parque de Merendas que fica junto à albufeira. Depois do «repasto», aproveite para visitar a Igreja Matriz do Sagrado Coração de Jesus.

São Marcos do Campo
Pequena mas simpática aldeia pertencente a sul do concelho de Reguengos de Monsaraz, entre a margem da albufeira do Rio Degebe e a aldeia da Amieira, na margem oposta. Sossego não falta por aqui.

Concelho de Moura

Aldeia da Estrela
Pequena península, no concelho de Moura, junto da albufeira, que se formou assim com a subida das águas da barragem. A sua localização é privilegiada e por isso aí foi criado um ancoradouro, onde ficam atracados os barcos que, em viagens sem fim, cruzam a imensidão do lago de Alqueva.

A entrada na aldeia é feita pela mesma estrada que nos leva para longe dela. Chegados lá, a Praça da Estrela dá-nos as boas vindas, continuamos depois pelo Largo da Igreja e depois pela Praça dos Ofícios.

Aqui pode passear, merendar, ao jeito de um pic-nic, no Parque de Merendas da Estrela, e mesmo dar uns mergulhos. Pode ainda visitar a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Estrela e deleitar-se, a perder de vista, toda a albufeira de Alqueva.

Concelho de Portel

Amieira
Amieira é outra das aldeias ribeirinhas da Barragem de Alqueva, situada entre a ribeira da Amieira e o rio Degebe. Antes pacata, por sinal, é hoje um pouco agitada com o movimento de pessoas e barcos ali perto.

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As incríveis cores da Barragem de Alqueva

Próximo da aldeia, situada numa pequena península, fica a Marina. Esta é a maior infra-estrutura náutica do Alqueva e um dos principais locais de interesse turístico na barragem. É daqui, do cais ancoradouro, que sai a maior parte dos barcos que navegam nestas águas.

Na Marina da Amieira são alugados barcos de diversos preços e com diversas lotações, que permitem desfrutar de um fim-de-semana, ou mais alguns dias, em pleno grande lago do Alqueva. Estas embarcações, para além de incluírem tudo o que precisa para se sentir num confortável lar, têm zonas de solário e de pesca. Todos os barcos asseguram uma viagem em perfeita segurança. E sem precisar de licença ou carta de marinheiro.

Os visitantes podem navegar pelas zonas autorizadas da barragem, aportando com facilidade nas povoações ribeirinhas ou outros locais e aproveitar para fazer alguns passeios a pé ou de bicicleta. Esta será, talvez, a melhor forma de usufruir de todo o potencial turístico da Barragem de Alqueva. Imagine-se num cruzeiro!

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A outra possibilidade de se sentir mais perto da força natural que representa estas águas, é fazer um pequeno passeio de barco, com percursos com a duração de entre uma hora a um dia inteiro. Neste último caso, o almoço terá lugar numa das aldeias ribeirinhas do Alqueva.

Se quiser apenas sentar-se, ver quem embarca, quem atraca, ou, simplesmente, olhar para a vastidão da barragem e da paisagem natural que a circunda, pode fazê-lo na esplanada do bar que aí se encontra ou então de um restaurante panorâmico.

Para os mais arrojados, os desportos náuticos que a Marina oferece serão o mais indicado. Entre eles, o ski aquático. Para finalizar, e já que cá está, não deixe de visitar a Igreja de Nossa Senhora das Neves da Amieira, o Monumento ao Forcado e a Praça de Touros.

Aldeia de Alqueva
É da aldeia de Alqueva que provém o nome deste grande lago criado pelo Homem e pensado há mais de 50 anos. Para muitos tornou-se um mito, para outros, uma realidade.

A freguesia de Alqueva é rica em monumentos e vestígios arqueológicos que fazem as delícias de quem por lá passa. De entre eles destacam-se a Igreja Matriz de São Lourenço, a Capela de Santo António, o marco da Pena Ventosa, vestígios de sepulturas megalíticas, o marco geodésico, entre outros. São também pontos de interesse o Museu do Medronho, o Monumento de Homenagem à população local e, claro está, a própria barragem.

Os locais que os mais curiosos observadores escolhem para seu deleite são o Outeiro dos Castelos, o local da construção da barragem e a zona de lazer natural. Pelas razões óbvias.

As aldeias de Capelins, Juromenha, Granja, Marmelar, Mina da Orada, Monte do Trigo, Pedrógão, Póvoa de S. Miguel e Telheiro são outras das aldeias ribeirinhas da Barragem de Alqueva. Todas elas apresentam características e encantos próprios e todas têm em comum o facto de terem à sua beira vista para o maior lago artificial da Europa: a Barragem de Alqueva.

O Alentejo é, podemos dizer, um mundo dentro de um mundo maior, que é Portugal. A Barragem de Alqueva é, então, um mundo dentro de um mundo que é o Alentejo. Que vale a pena conhecer, pela sua beleza, quietude e vastidão.

Vindo ao Alentejo, deixe-se perder com a gastronomia, com a simplicidade das gentes de cada uma destas aldeias, com as inúmeras atividades. E, sobretudo, com este mundo azul e verde, que são a Barragem de Alqueva e a paisagem que a envolve.

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