Nos arredores de Évora, e pelo Alentejo Central, existem imensos monumentos megalíticos. Esta riqueza da pré-história no Alentejo é das mais importantes da Península Ibérica e mesmo da Europa. Por isso, faz sentido falar dum circuito megalítico em Évora e considerar a cidade como capital do megalitismo Ibérico.
Depois de dormir tranquilamente num hotel em Évora, não deixe de dar um passeio pelos campos dos arredores e descobrir alguns dos monumentos mais antigos da Europa, até ao Neolítico antigo (5500-4500 a.C.).
Só no distrito de Évora, são conhecidos mais de dez recintos megalíticos, mais de cem menires isolados, cerca de oitocentas antas e perto de quatrocentas e cinquenta povoações megalíticas. Para além destes, existem cerca de cem pedras com covinhas, cuja funcionalidade é ainda um mistério.
Porquê tantos monumentos megalíticos em Évora?
O tamanho e o número de monumentos megalíticos em Évora estão associados ao facto desta região ser o único lugar em que se tocam as bacias hidrográficas do Tejo, Sado e Guadiana, os maiores rios do sul de Portugal. Era, por essa razão, um ponto essencial de passagem.
Os monumentos megalíticos (ou seja, feitos de grandes pedras) surgem, então, na região de Évora porque as planícies alentejanas eram perfeitas para as últimas comunidades de caçadores-recoletores aí praticarem o seu modo de vida.
Mas a localização dos monumentos pré-históricos, como o Cromeleque dos Almendres, foi escolhida não só em função da rede hidrográfica. Ela teve em conta fenómenos astronómicos relacionados com a movimentação anual do Sol e da Lua.
Circuito Megalítico em Évora e arredores
Entre muitos outros monumentos megalíticos nos arredores de Évora, destacam-se alguns, pela sua importância e grandiosidade.
Recinto Megalítico dos Almendres
O Recinto Megalítico (ou Cromeleque) dos Almendres é o maior monumento megalítico da Península Ibérica e um dos mais antigos do mundo. Toda a gente já ouviu falar do grandioso Stonehenge, na Grã-Bretanha… O monumento dos Almendres é 2000 anos mais antigo! Foi construído há cerca de 7000 anos, quando a humanidade fazia a transição, na Europa Ocidental, de caçadores-recoletores para pastores e agricultores.
Hoje em dia, o Cromeleque dos Almendres, bem perto de Évora, tem aproximadamente cem monólitos. Ao longo dos tempos, houve remodelações e acrescentos à planta original em forma de ferradura.
É bastante fácil de encontrar, seguindo as indicações a partir da aldeia de Nossa Senhora de Guadalupe. O lugar é bem sossegado e muito bonito. Faça um piquenique por perto e aprecie a vista. Respeitando o lugar, que tem uma aura de magia evidente.
Menir dos Almendres

O Menir do Monte dos Almendres é um dos muitos menires da região de Évora. Tem a forma de um ovo alongado e tem um báculo (cajado) gravado em baixo-relevo na parte de cima. Este motivo representa, claramente, a importância da natureza no neolítico, nomeadamente a domesticação de animais.
O Menir dos Almendres fica bastante perto do Cromeleque dos Almendres e ambos estão intimamente relacionados. Visto a partir do cromeleque, o menir indica o nascer do Sol no Solstício de verão (o maior dia do ano). Visite Évora nessa altura e comprove-o.
Anta Grande do Zambujeiro
Este monumento megalítico nos arredores de Évora, perto de Valverde, é mais recente do que os anteriores, com menos de seis mil anos de existência.
A Anta Grande do Zambujeiro é um monumento funerário coletivo. Ou seja, as antas (ou dólmens) serviam para enterrar os mortos. No caso desta anta perto de Évora, existe um longo corredor que leva à câmara. Tudo era coberto pela mamoa, uma cobertura protetora da anta, normalmente de terra e pedras.
Na Anta Grande do Zambujeiro ainda se pode ver parte da mamoa. Os esteios de granito, com cerca de seis metros de altura, fazem dela (provavelmente) a mais alta anta do mundo. É considerada património de interesse nacional.
Para chegar a este monumento de carro, terá que passar pelo Pólo da Mitra da Universidade de Évora e seguir as setas. Em alternativa, passe uma manhã ou tarde bem passada a caminhar ou pedalar pelos campos do Alentejo seguindo o Percurso de Monfurado, um dos percursos ambientais de Évora.
Povoado do Alto de São Bento
O miradouro do Alto de São Bento é um dos meus lugares preferidos fora do centro de Évora. A vista sobre a cidade e a planície é fantástica.
No topo do cabeço existiram uns moinhos que moíam cereais. Hoje em dia estão desativados mas recuperados e acrescentam beleza ao local. Mas já há cerca de 7000 anos, no início do Neolítico, este lugar atraía pessoas e as fixava em povoações. Serão estas, provavelmente, as origens mais antigas da cidade de Évora.
O povoado megalítico cujos indícios têm vindo a ser encontrados data da mesma altura da construção dos menires e antas dos arredores de Évora. Aliás, o próprio Alto de São Bento é um grande rochedo granítico.
Megalithica Ebora
Perto das Portas do Raimundo, numa das saídas da muralha de Évora, o Convento dos Remédios tem um espaço chamado Megalithica Ebora com exposições relativas aos períodos do Megalitismo e Romano.
Não deixe de o visitar para saber mais sobre vestígios romanos de Évora em lugares emblemáticos como o Templo Romano e também sobre o Circuito Megalítico em Évora e no Alentejo.
Neste centro interpretativo do megalitismo eborense vai poder ver uma maqueta da Anta Grande do Zambujeiro. Está aberto de terça a sábado no horário 9h30-12h30 e 14h00-18h00. Está encerrado aos domingos, segundas e feriados. A entrada é grátis.
Mapa Circuito Megalítico Évora
A sinalização nas estradas dos arredores de Évora torna fácil encontrar os diversos monumentos megalíticos do concelho. No entanto, aqui fica um mapa para ajudar a encontrá-los.
Saia do centro histórico de Évora e conheça a pré-história. Ela está lá à sua espera.
Se quiser ver o Cromeleque dos Almendres, o Menir dos Almendres e a Anta Grande do Zambujeiro mas não tem carro ou prefere compreender plenamente os monumentos no local, venha connosco fazer o nosso Tour Megalítico.

No Vitória Stone Hotel, em Evora, a decoração e os serviços são inspirados no património do Alentejo. Isto inclui, claro, os monumentos megalíticos e a magnífica gastronomia.
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