Os Paços do Concelho de Évora são palco não só de atividades políticas mas também de descobertas da sua arquitetura nas visitas dos eborenses e de turistas. O prédio da Câmara Municipal de Évora é um antigo palácio e convida a entrar.
Desde o início da criação do município, nem sempre as decisões políticas da cidade se tomaram na Praça do Sertório como hoje. A Câmara de Évora existia, no século XIV, em instalações eclesiásticas perto da Catedral de Évora.
Com a decadência do edifício, houve que mudar para um paço municipal na atual Praça do Giraldo, mandado construir de propósito por D. Manuel I no início do século XVI. O poder político e judicial de Évora aí ficou até 1881, num prédio anexo à Cadeia que hoje é o edifício do Banco de Portugal. É impossível não reparar nele quando estiver na praça.
Finalmente, no ano acima referido, por se considerar que o local não era apropriado, os Paços do Concelho passam para o edifício que ocupam hoje em dia, na Praça do Sertório após a compra do Palácio dos Martins da Silveira, Condes de Sortelha.

Com a aquisição, fizeram-se obras que não vieram a ajudar a cobrir na íntegra as necessidades dos serviços camarários e judiciais. Então, em 1908 é iniciado um projeto de remodelação dos Paços do Concelho de Évora que estaria concluído no início da década seguinte.
As obras deram ao edifício o aspeto que pode ver ainda hoje. Entre as várias mudanças destacam-se o grande átrio, a escadaria e coberturas metálicas que vai encontrar logo que entrar, o varandim e o Salão Nobre.

Não deixe de visitar, gratuitamente, o interior dos Paços do Concelho de Évora e as termas. Para isso, basta entrar no edifício pela porta principal. Mas só depois de observar a fachada.
Leia as inscrições em ambos os lados da porta e repare no mais antigo brasão de armas usado pelo concelho, bem lá no topo da Câmara Municipal. O brasão representa o valente Geraldo Sem Favor, que conquistou Évora aos mouros em 1167. Hoje em dia, são os visitantes quem se deixa conquistar por Évora. Renda-se.