
A Igreja e Convento de Nossa Senhora dos Remédios ficam situados junto à conhecida Porta de Alconchel, fora das Muralhas de Évora que envolvem a parte velha da cidade.
O convento, masculino, foi fundado pelo Arcebispo de Évora, D. Tetónio de Bragança, para os frades da Ordem dos Carmelitas Descalços, em 1606. O nome do convento está relacionado com aquela Ordem. Aquando da sua chegada a esta cidade, anterior à construção daquele edifício, os Carmelitas Descalços ocuparam a antiga ermida de Nossa Senhora dos Remédios, situada na Rua do Raimundo. Mais tarde, foram transferidos para o atual convento.

Do antigo Convento de Nossa Senhora dos Remédios destacam-se a sacristia e o seu excecional paramenteiro, os silhares de azulejos, o claustro e as celas dos monges. Na fachada principal sobressaem o brasão eclesiástico do seu fundador, bem como uma imagem de mármore de Nossa Senhora dos Remédios.
A Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, sagrada em 1614, é um marco admirável do primeiro barroco em Évora. A nave é de planta retangular e a capela-mor está ornamentada com um majestoso altar de talha dourada, dos artistas eborenses irmãos Abreu do O. Este belo exemplar de trabalho em talha dourada faz com que esta seja uma das mais ricas igrejas desta arte, em Évora.

Como marca da entrada deste cemitério temos o espetacular portal renascentista, em mármore, do destruído Convento de S. Domingos. Este portal foi atribuído ao escultor de origem francesa Nicolau de Chanterene.
Após uma grande obra de intervenção que levou à existência de múltiplos espaços interiores, o atual Convento de Nossa Senhora dos Remédios tem uma nova vertente cultural, com a criação de novas valências. Aqui, encontram-se agora em funcionamento o Conservatório Regional Eborae Musica e a interessante exposição Megalithica Ebora, do núcleo museológico municipal.

O Convento é hoje um pólo de atração para a cidade e seus visitantes. Não é apenas um local destinado à Conservação e Divulgação do Património, é também um espaço aberto ao público, um local de convívio que permite a quem o visite desfrutar de todo o edifício, principalmente do claustro.
É certamente um espaço a visitar. Venha, tome um café na cafetaria do convento e, se for caso disso, assista a um recital de música, ou interesse-se por uma das várias exposições de fotografias do Alentejo ou outras que por aqui vão passando.